A missão da cidade
Por incrível que pareça, a cidade de Guarapari começou com uma missão dos jesuítas no litoral sul capixaba. Tudo isso, em 1585, quando o padre José de Anchieta fundou a aldeia na capitania do Espirito Santo, que recebeu o nome da aldeia do Rio Verde, e depois Santa Maria de Guaraparim, Vila dos Jesuítas, Goaraparim, e finalmente Guarapari. Foi a partir daí que os anais passam a descrever Guarapari em seus desdobramentos variados, seja por nomes que o município recebeu, por situação religiosa, política e socioeconômica.
2. Influência indígena no nome
A influência indígena torna-se clara no nome herdado da cidade, pois o nome “Guarapari” não é á toa, é do vocabulário indígena, derivado de guará (uma garça ave – ibis rubra – nasce branca, torna-se cinza, volta embranquecer, e por fim, a sua coloração é vermelho-carmesim) e pari ou parim– pesqueiro, lugar cercado para apanhar peixe, curral. E isso levaram os historiadores e os pesquisadores a pensarem que, os vocábulos guará + pari significam “laço ou armadinha de pegar peixe”. E pensando bem, faz sentido, né?!
3. Religiosidade ativa
A religiosidade foi ativa no desenvolvimento da história do município de Guarapari desde o início. Em 1677, por exemplo, o Donatário da Capitania, Francisco Gil de Araújo, manda edificar uma igreja dedicada a Nossa Senhora da Conceição, visto que a capela estava arruinada. Conta-se que esta igreja nunca chegou a ser totalmente construída, pois sofreu um incêndio. E 140 anos depois, em 1817, tentou-se a reconstrução, mas só foram feitos o frontim e o campanário. Em 1989, finalmente a Ruína da Igreja tornou-se Patrimônio Histórico, tombada pelo CEC (Conselho Estadual de Cultura). E hoje, é um dos principais pontos turísticos da cidade.
4. De vila para município
A vila de Guaraparim quase 200 anos depois se torna município de Guarapari. Em primeiro de janeiro de 1.679, o Donatário Francisco Gil de Araújo eleva a Aldeia de Guaraparim à categoria de “Vila” e sua instalação sai em primeiro de março daquele ano. A comarca de Guarapari foi criada pela Lei Provincial de 1.835, compreendendo a mesma o Rio Itapemirim, Beneventes e Guarapary. Em 24 de dezembro de 1.878 Guarapari passou de vila a município, mas durante alguns anos ainda pertenceu à cidade de Anchieta.
5. O crescimento lento
O crescimento socioeconômico de Guarapari, infelizmente, por quase 300 anos foi lento. A economia baseava-se na produção de açúcar, madeira e pesca. O movimento comercial baseava-se à exportação de açúcar e madeira que era realizado pelo porto de Guarapari, recebia embarcações de Vitória e dos principais centros portuários da província do Espírito Santo. O desenvolvimento da cidade foi acontecer, realmente, na segunda metade do século XX, graças principalmente ao movimento turístico, que está ligado às suas praias apaixonantes e à preservação de sua rica herança cultural.
